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10/10/2023 10/10/2023 15h54m
Educadores e familiares de pessoas disléxicas participaram da 6ª Semana de Conscientização da Dislexia

Evento promovido pela Prefeitura, por meio do Programa de Atendimento Especializado Municipal (Praem), tem como objetivo debater o assunto e mostrar formas de educar e socializar pessoas com o transtorno
Trazer luz para o assunto é o objetivo da Semana de Conscientização da Dislexia que neste ano, na 6ª edição, desenvolveu a temática “Desafios e estratégias: um olhar para a dislexia em diferentes contextos”. Nesta segunda (9) e terça-feira (10), o evento sensibilizou e orientou famílias, professores e comunidades escolares da Rede Municipal de Ensino (RME) sobre como promover uma educação de qualidade para os estudantes com dislexia – transtorno que se caracteriza, principalmente, pela dificuldade de aprendizagem.
A semana é realizada pela Prefeitura, por meio do Programa de Atendimento Especializado Municipal (Praem), responsável pelo serviço de “Atenção à Dislexia”, que atende estudantes diagnosticados com dislexia ou em processo de investigação. A Prefeitura de Santa Maria, a 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e o Centro de Educação da UFSM também estão apoiando o evento.
Nesta terça-feira, equipes do Praem visitaram escolas da RME para esclarecer sobre a melhor forma de educar e socializar estudantes com dislexia. Os educadores entregaram panfletos sobre as dificuldades e potencialidades dos estudantes com dislexia. As instituições visitadas foram as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs) Lidovino Fanton, Maria de Lourdes Ramos Castro, Francisca Weinmann, Zenir Aita, Hylda Vasconcellos, Aracy Barreto Sacchis e Caic Luizinho de Grandi. Ao longo de 2023, o PRAEM já realizou oito formações como esta.
“É muito importante conversar com quem convive com a pessoa disléxica, por que é preciso ter empatia e paciência. A dislexia normalmente resulta e dificuldade de aprendizado, mas não quer dizer que quem tem o transtorno é menos inteligente ou menos capaz do que os colegas. A dislexia só prova que é preciso ter um pouco mais de paciência e testar outras maneiras de ensino, para encontrar a melhor forma para aquele estudante aprender. Se pessoas neurotípicas têm suas diferenças ao aprender, algumas aprendem melhor lendo, outras escrevendo, outras ouvindo, por que um aluno disléxico também não teria um jeito que é melhor para aprender, que se encaixe em seu transtorno?”, questiona a professora e responsável pelo serviço de Atenção à Dislexia do Praem, Clariane de Freitas.
Segundo a educadora, 28 estudantes da RME são atendidos pelo programa de Atenção à Dislexia. Clariane reforça que os incentivos os estudos e sociabilização precisam ir para além das escolas, no âmbito familiar e outros locais frequentados pelas crianças e adolescentes.
A 6ª Semana de Conscientização da Dislexia, começou nesta segunda-feira, no Itaimbé Palace Hotel, com a presença de cerca de 200 professores, profissionais de saúde, famílias e estudantes de ensino superior e pós-graduação. O público participou de uma roda de conversa com mestrando Antônio Olvedo Rodrigues Neves, que recebeu o diagnóstico de dislexia já quando adulto.
Também ocorreram as palestras “Desenho Universal para a aprendizagem com possibilidade de acessibilidade para os estudantes”, da professora Rita de Cássia Morem Cóssio Rodriguez, da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). E, “Dislexia: formação docente na perspectiva da educação inclusiva”, do Projeto de extensão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),que trabalha com alunos da EMEF Padre Nóbrega.
Texto: Joyce Noronha (Mtb: 16.033)
Fotos: Ariéli Ziegler (Mtb: 18.114)
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Prefeitura de Santa Maria