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Secretaria de Município de Cultura

Tertúlia Musical Nativista

Um pouco da história

A história da Tertúlia Musical Nativista de Santa Maria percorre os meados da década de 80, sendo o 2º festival de música nativista surgido no RS. 

A 1ª Tertúlia Musical de Santa Maria foi realizada em março de 1980, na Associação Tradicionalista Estância do Minuano (ATEM), após ter sido idealizada por José Figueiredo Vasseur (mais conhecido como “Xirú Vasseur”), apoiado por Amaury Dalla Porta, patrão da Estância do Minuano da época. 

O festival nasce do desejo de Vasseur que, acompanhando como radialista da Rádio Universidade as edições da Califórnia da Canção de Uruguaiana desde seu surgimento em 1971, acreditava ser possível um evento deste porte em Santa Maria. Os demais envolvidos com a produção musical da década de 1970, viam em Santa Maria uma região chave para a criação de um novo festival nativista, por ser no centro do Estado e de fácil acesso para músicos de diversas localidades. 

Vasseur elaborou o projeto da Tertúlia e passou às mãos de Dalla Porta, quando optaram por realizar o festival junto ao Rodeio Campeiro já tradicional da entidade. O nome “Tertúlia” fora escolhido também por Vasseur, o que gerou muita polêmica, por ser um palavra “castelhana”. 

(...) O próprio nome escolhido por Vasseur para o festival deixa em voga o desejo de relacionar a identidade Sul Rio-Grandense com a formação espanhola. A primeira edição aconteceu com o objetivo de encontrar até mesmo um hino para a Estância do Minuano, entidade que aceitou a proposta da realização do evento. Assim, todas as composições concorrentes deveriam apresentar músicas com temáticas relativas à Minuano, fosse o vento Minuano, o índio Minuano ou a Estância do Minuano. 

O sucesso da primeira edição pode ser dito em seus números: mais de 100 composições foram inscritas para o festival. Estas dimensões fizeram com que a 2ª edição, em 1981, expandisse o festival, que adquiria porte de um evento que podia acontecer isoladamente (já que fora criado para “anexar-se” à festa campeira da entidade). Josseny Nunes, artista plástico, fora chamado para trabalhar aspectos teatrais na 3ª Tertúlia, de forma que envolvesse o público ainda mais com as composições que seriam apresentadas.

Foi aí que o costume de haver uma payada antes que a composição subisse ao palco nasceu. Era uma forma de envolver o público com a temática da música e, até mesmo, explicar o que ela viria a dizer, caso o tema não fosse confortavelmente conhecido pelo público. A divisão do Festival da Festa Campeira da ATEM acontecera na 3ª edição, em 1982, em maio, e não mais no mês de março. Durante o mês do evento, era montado um escritório na Praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria, com informações e materiais exclusivos da Tertúlia.  Leia o conteúdo na íntegra disponível aqui. 

Fonte: VALENZUELA, Tainá Severo. “SANGUE LATINO, CORAÇÃO DE TERRA BRUTA”: A ETNOMUSICALIDADE NATIVISTA SUL-RIO-GRANDENSE REFLETINDO IDENTIDADES ATRAVÉS DOS FESTIVAIS 

Premiações dos Festivais

Ao longo de suas edições, a Tertúlia Musical Nativista consagrou talentos que marcaram presença em seu palco. Canções que atravessaram gerações, despertaram emoções e encantaram o público foram reconhecidas por um corpo de jurados técnicos, composto por profissionais e artistas de renome no cenário da música nativista. Nesta página, logo abaixo, é possível acessar o documento que reúne todas as composições premiadas com o 1º, 2º e 3º lugares no festival, desde sua primeira edição, em 1980, até a mais recente, realizada em 2024, no Theatro Treze de Maio.

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