Secretaria de Município da Saúde
16/10/2024 16/10/2024 16h09m
Prefeitura promove atividades em alusão ao Outubro Verde neste sábado (19), na Praça Saldanha Marinho
Mês é dedicado à conscientização sobre sífilis e sífilis congênita
Para dar luz à conscientização sobre sífilis e sífilis congênita, a Prefeitura de Santa Maria, por meio da Política do HIV/AIDS, ISTs e Hepatites Virais da Secretaria de Saúde, promove ações alusivas ao Outubro Verde. As iniciativas ocorrem neste sábado (19), das 9h às 14h, na Praça Saldanha Marinho. Serão realizados testes rápidos para sífilis, HIV e Hepatites B e C, além de distribuição de materiais informativos, como folders, autotestes de HIV, preservativos internos e externos e gel lubrificante. A ação tem colaboração com o Rotary Club.
De acordo com os dados do Setor de Vigilância Epidemiológica, Santa Maria registra um aumento de 32% nos casos novos de sífilis. Nos últimos quatro anos, entre 2020 a 2023, foram registrados respectivamente: 392; 567; 540 e 576 casos. Entre janeiro e setembro de 2024, já foram notificados 280 novos casos.
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode ser transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas (sexo vaginal, anal ou oral) com quem tem a infecção não tratada ou da mãe infectada para o feto (sífilis congênita). Alguns fatores que podem estar associados ao aumento dos casos de sífilis são: o não uso de preservativos internos e externos nas relações sexuais, desinformação quanto a importância de realizar exames (testes rápidos) com frequência mínima de uma vez ao ano e a descentralização do acesso aos testes rápidos na Atenção Primária em Saúde (APS) do Município.
A sífilis tem como sinais e sintomas iniciais uma ferida que pode ser discreta ou notável na área genital (interna ou externa) ou oral. A lesão cicatriza sozinha, sem que seja aplicado nenhum tipo de tratamento, entre duas e seis semanas. Em seguida, surgem lesões e manchas pelo corpo, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés, queda de cabelo, além de febre, mal-estar e dor de cabeça.
Os sintomas duram entre quatro e 12 semanas. As lesões podem ser confundidas com alergias, mas não coçam e não doem. Depois, ocorre o período de latência, em que não é observado nenhum sinal da infecção. Já o último estágio pode demorar de 2 a 40 anos para iniciar. Nesta fase, a inflamação causada pela sífilis provoca o acometimento do sistema nervoso (neurossífilis) e do sistema cardiovascular, com risco de desfiguração, incapacidade e até morte.
O tratamento consiste na aplicação intramuscular do antibiótico penicilina benzatina. Dependendo do nível de infecção, a ser avaliado pelo profissional de saúde, são indicadas de uma ou três doses, sendo que a primeira ocorre no mesmo dia do diagnóstico e as demais nas semanas subsequentes. Além disso, o usuário e sua parceria também passam a receber acompanhamento sorológico a cada três meses e, em um ano, recebem alta. Portanto, o uso de preservativo em todas as relações sexuais é uma das formas de prevenção mais eficazes contra a sífilis, e o tratamento dos casos reagentes evita a propagação da infecção e a evolução de quadros clínicos de maior gravidade, como a neurossífilis.
Texto: Joyce Noronha (Mtb: 16.033)
Arte: Gibran Carrazzoni / Prefeitura
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