Educação Fiscal

08/05/2017 07/07/2017 10h26m

Educação Infantil e anos iniciais reúnem professores no 3º Seminário Regional de Educação Fiscal


Relato de experiência da professora, Paula Pereira. (Foto: Pedro Lucca)

Relatos de experiências e troca de conhecimentos motivou os participantes

 

Nesta quinta-feira (04), o assunto abordado no 3º Seminário Regional de Educação Fiscal foi voltado aos professores dos anos iniciais e da Educação Infantil. A manhã foi composta pelo relato de experiências da professora da EMEF Zenir Aita, Paula Pereira, e pela apresentação “Matemática Faz Sentido” do professor Sandro das Trevas, vice-diretor da EMEF Maria de Lurdes Castro. Na parte da tarde, a assessora Jurídica da Promotoria Regional de Educação de Santa Maria, Isabel Cristina Martins Silva, ministrou a palestra “Promovendo Práticas Restaurativas na Educação Infantil: desenvolvendo a linguagem dos sentimentos”.

No início da manhã, a coordenadora do Programa Municipal de Educação Fiscal (PMEF) destacou as iniciativas e os projetos desenvolvidos, bem como a importância da exigência da Nota Fiscal a cada compra de mercadoria ou prestação de serviço. Rosaura ressaltou o desejo de que os cidadãos participem dos programas municipais e estaduais que fiscalizam e arrecadam recursos que são revertidos para toda a população.

O relato da professora Paula Pereira, sobre o projeto “Educação e Cidadania”, desenvolvido na EMEF Zenir Aita, teve como objetivo abordar de maneira experimental e por meio das vivências dos alunos, onde eles compartilham seus conhecimentos prévios, sobre a Educação Fiscal, construindo valores fundamentais para sua constituição enquanto cidadão ativo na sociedade.

“Uma das prerrogativas do projeto era o que poderíamos fazer para beneficiar a escola. Com simulações do cotidiano deles e mostrando a importância da Nota Fiscal, criamos o mercadinho para trazer o exemplo prático. E deu muito certo”, afirmou a professora.

 

Matemática Faz Sentido”
“O maior empecilho para aprendizagem é o conhecimento!”, foi assim que o professor de matemática Sandro das Trevas começou a sua fala no seminário. Ele defende que, se a matemática, em qualquer nível da graduação, for apresentada de uma forma que não faça sentido, ela se tornará em algo chato, cinza, das trevas.

Nesta linha de pensamento, Sandro aponta que o ensino para os anos iniciais é extremamente importante, pois é a base de tudo. “Nessa fase inicial de formação os alunos precisam de exemplos e formas diferentes de abordar a matemática para colaborar com a quebra deste preconceito injusto que a disciplina carrega”, concluiu.

Para finalizar, o professor definiu o que rege o seu trabalho e o que a matéria precisa despertar nos alunos. “Eu não quero uma mente mecânica, quero que eles entendam e que a matemática faça sentido. Apresentaram para os alunos uma coisa extremamente superficial que não é a matemática, é um apanhado de regras e a matemática não é isso, ela é como a arte, ela serve para alimentar a alma”.

 

Comunicação Não-violenta
A assessora Jurídica da Promotoria Regional de Educação de Santa Maria e docente na Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA), Isabel Cristina Silva, começou a sua apresentação com uma dinâmica de grupo,onde todos os professores disseram como estavam se sentindo no momento. Conforme ela, os conceitos da comunicação não-violenta começam desde cedo, pois as crianças reproduzem o que aprendem e são excelentes fiscalizadores, a partir do momento que elas têm noção do que é certo e errado, começam a identificar isso nas atitudes dos adultos.

Daí a importância de ensinar corretamente os valores, direitos, deveres e incentivá-los a cumprir. Desta forma a criança ensinará aos pais a importância da nota fiscal. A forma como os adultos ensinam é como as crianças irão agir daqui a alguns anos. “Devemos exercitar mais a nossa escuta em detrimento da nossa fala, porque na cultura da paz, se soubermos escutar, a comunicação se torna menos violenta” afirmou Isabel.

 

Confira algumas opiniões de mais um dia de seminário:

“É muito importante no sentido de compreender que a Educação Fiscal é cidadania e precisa estar presente nas práticas sociais. O exemplo da Paula foi muito importante, porque redigir atividades, apresentações, por isso estou aprendendo, assim como a matemática, faz sentido”. Mariane Carloto – Professora das Escolas Municipais, Dom Luiz Victor Sartori e Maria de Lourdes Castro.

“O tema abordado foi extremamente significativo e reflexivo. Falar e ouvir sobre comunicação não violenta muito contribuiu para minhas ações do dia-a-dia”. Coordenadora da Educação Infantil na Secretaria de Município da Educação, Daisy Ramos.

“Ótimas reflexões da Educação nos anos iniciais, com ótima explicação da aplicabilidade da Educação Fiscal com a criação do mercadinho e os conceitos fiscais. A matemática deve fazer sentido ao educando dos anos iniciais levando ao entendimento do sistema decimal posicional”. Eliane Zamberlan – Prefeitura de Pejuçara.

“Foi esclarecedor, proporcionando conhecimentos amplos da educação fiscal e a importância do tema para educação e a formação de cidadãos conscientes de seus deveres e direitos para termos uma sociedade mais justa”. Sandra Bandeira – Professora da EMEF Ione Medianeira Parcianello.

 

 

 

Texto e fotos: Acadêmico de Jornalismo Pedro Lucca
Edição: Ana Bittencourt (Mtb 14.265)
Superintendência de Comunicação
Prefeitura Municipal de Santa Maria

 

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