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21/08/2014 21/08/2014 17h07m
Coleta de lixo domiciliar em contêiner é reavaliada. Três fiscais farão notificações ao mau uso
Planejado para substituir as lixeiras coletivas, antes instaladas “a céu aberto” em frente aos condomínios residenciais, o sistema de contêineres móveis para depósito de resíduos sólidos domiciliares (lixo doméstico) passa por uma avaliação decisiva. O prefeito Cezar Schirmer orientou o secretário de Meio Ambiente, Antônio Carlos Freitas Vale de Lemos a estabelecer uma revisão de procedimentos com a empresa responsável pelos serviços de coleta dos contêineres. “O objetivo não é multar por multar, mas sim estabelecermos uma nova relação com vistas a disciplinar, regulamentar, conscientizar o uso adequado e respeitoso à boa convivência coletiva”, espera o prefeito Cezar Schirmer.
Com uma estrutura pequena, se relacionada com o tamanho da cidade e aos 500 contêneires espalhados em 30% da área de coleta urbana, a Secretaria de Meio Ambiente passa a contar com a contratação de mais dois fiscais (agora serão três servidores na função de fiscalização e notificação) para o trabalho a campo. A partir daí, Lemos quer conduzir a gestão do uso dos contêneires de forma diferente: “solicitamos à empresa coletora um relatório detalhado por área, para apurarmos o que está sendo recolhido”.
Por esse levantamento, Lemos acredita que poderá inclusive remanejar os depósitos móveis daqueles que têm uma capacidade ociosa para as regiões que tem mostrado uma sobrecarga de resíduos, “trata-se de um estudo de volumetria e do conteúdo para administrarmos pontualmente uma série de medidas que vamos implantar para regulamentar e otimizar essa relação com a comunidade”, antecipa. Segundo a prestadora de serviço, o recolhimento de lixo estaria acontecendo quatro vezes ao dia.
Operado por um processo de remoção mecânica diária por caminhão com elevador hidráulico, a prática pode ser considerada uma inovação tecnológica, mas está distante de ter o seu uso adequado ou aprovado conforme a sua finalidade inicial. Mesmo sendo instalado junto ao meio-fio das calçadas para permitir o encaixe dos braços mecânicos do caminhão-coletor, o sistema de contêneires sofre resistência de moradores que não o querem em frente aos acessos de suas respectivas residências, por uma série de razões (desde o mau cheiro até o ruído estrepitoso da tampa quando é acionada).
Em algumas regiões, notadamente no centro da cidade, é notório o mau uso e o abuso da finalidade com descarte de caixas de papelão até de sobras de comida e derivados de óleo comestível que encharcam (emporcalham) o piso ao redor da caixa metálica. "Nesse caso, o uso é irregular e passível de notificação com multa porque as lojas e os estabelecimentos têm uma orientação para descarte diferente da residencial; tanto que a prefeitura tem uma empresa responsável por essa coleta: a ASMAR, com finalidade social para reciclagem", adverte o secretário Lemos.
André Campos
Fotos: João Alves
Secretaria de Comunicação e Programação Institucional