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18/11/2013 19/08/2014 17h56m
Prefeito convoca reunião para apresentar o Plano Diretor de Mobilidade Urbana
Planejar o trânsito e o transporte público e privado de Santa Maria para as próximas décadas. Estes são os principais objetivos do Plano Diretor de Mobilidade Urbana (PDMU), que está sendo elaborado desde o ano passado. E, para apresentar os resultados às entidades de classe da cidade, instituições de ensino superior, vereadores, imprensa e empresários do setor, o prefeito Cezar Schirmer convocou uma reunião, no Salão de Atos da prefeitura, na manhã desta segunda-feira (18).
O chefe do Executivo lembra que o Plano Diretor de Mobilidade Urbana, assim que concluído, será a base para as políticas públicas voltadas ao trânsito e ao transporte da cidade. “Santa Maria não é uma cidade pequena e nem uma cidade grande. É uma cidade em transição. E, um plano desses nos obriga, como uma cidade em transição, a entender que vivemos outra realidade de mobilidade urbana e a nos despir de pré-conceitos. As cidades estão mudando”, salientou Schirmer.
Durante o encontro, o diretor do consórcio de empresas Idom Ingenería Y Sistemas, David Moncholi, apresentou as propostas para qualificar o trânsito e o transporte do município (veja abaixo). O estudo ainda trouxe números relativos à mobilidade urbana na cidade. Entre os dados, alguns números ganharam destaque: 25% das pessoas que fazem deslocamentos de 600 metros, ou seja, duas quadras, utilizam carro, e 50% usufruem de veículos para deslocamentos de até 1,8 quilômetros.
Outros dados que chamam a atenção dizem respeito aos índices de mobilidade dos cidadãos. Isso porque, Santa Maria registra 577.272 deslocamentos diários, o que representa 2,3 deslocamentos por pessoa – próximo à média das metrópoles do Brasil. E, destes, 52,8% são realizados em modais sustentáveis, ou seja, transporte público, a pé ou por meio de bicicletas, sendo que o ideal seria 66%. A pesquisa domiciliar ainda aponta que a maior concentração de veículos trafega no sentido bairro-centro.
A reunião desta segunda antecedeu a quinta e última Audiência Pública do Plano Diretor de Mobilidade Urbana, que acontece no dia 28 de novembro. A entrega final do plano está prevista para o dia 15 de dezembro.
Pesquisa aponta para racionalização do transporte privado e público
O Plano Diretor de Mobilidade Urbana aponta para uma nova realidade nos modais de transporte da cidade. O estudo prevê a implantação de uma nova rede de ônibus, com 14 linhas troncais e outras linhas complementares, para racionalizar e incentivar a utilização do transporte urbano. A disponibilidade de informações precisas dos itinerários e a qualificação dos abrigos, de acordo com Moncholi, seriam outras formas de fazer com que as pessoas deixassem os veículos em casa e se deslocassem de ônibus.
A criação de Zonas de Prioridades para Pedestres (ZPP), no Centro e nos principais núcleos urbanos dos bairros Camobi, Santa Marta e Tancredo Neves, e implantação de uma rede de ciclovia na cidade também são instrumentos que incentivariam a utilização de outros modais, como bicicletas. Além disso, a reorganização dos estacionamentos, com a expansão da Zona Azul e criação da Zona Verde, racionalizariam a utilização de veículos nas vias centrais do município.
O plano prevê, ainda, uma nova hierarquia do trânsito, com a implantação dos sistemas de vias estruturais, arteriais, coletoras e locais, alteração no sentido de vias e criação de novas regras para a utilização do trânsito por parte dos motoristas e pedestres. Veja, abaixo, as principais propostas:
1. Criação de Zonas de Prioridade para Pedestres (ZPP): visa assegurar uma largura do passeio público adequadamente para fluxo de pedestres, inclusive com a implantação ou extensão de calçadões, reservar espaços para bicicletas nas zonas que fazem parte do eixo prioritário; qualificar o acesso ao transporte público; restringir, na medida do possível, o estacionamento de veículos; e propor uma circulação pacífica dos veículos motorizados.
2. Mudança no sentido de ruas: alteração no sentido da Silva Jardim e Andradas, com velocidade máxima permitida de 30 e 50 quilômetros por hora.
3. Criação de uma rede de ciclovia: propõe a criação de bicicletários e uma rede de espaços destinados às bicicletas em algumas vias da cidade;
4. Implantação de uma nova rede de ônibus: o plano propõe a criação de 14 linhas troncais, chamadas “T”, nos itinerários mais utilizados, sendo oito ligando a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ao centro e aos bairros da cidade; e outras linhas complementares, chamadas “C”;
5. Implantação de uma nova hierarquia viária: criação de “vias estruturantes”, que são grandes eixos da cidade que conectam com as redes federais e interurbanas e suportará o tráfego principal do município; “vias arteriais”, que são os eixos básicos internos da cidade e visa conectar os bairros e os distritos da cidade; “vias coletoras” e “vias locais”, que seriam eixos de menor grau e ligariam outros pontos da cidade;
6. Reordenação dos estacionamentos: expansão da Zona Azul e criação da Zona Verde, com área de preferência para pedestres e de regulamentação;
Jornalista Luiz Otávio Prates
Fotos: João Vilnei
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