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14/10/2014 14/10/2014 17h50m

Esgoto em Camobi: paralisação momentânea de obra foi discutida com a comunidade, nesta segunda


Os recorrentes atrasos e a consequente paralisação momentânea das obras de esgotamento sanitário do Bairro Camobi, na região Leste de Santa Maria, foram pauta de uma reunião entre a Câmara de Vereadores, prefeitura, Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e lideranças comunitárias locais, na noite desta segunda-feira (13), no CTG Sentinela da Querência. O encontro foi promovido pela Comissão Especial de Acompanhamento do Saneamento Básico de Camobi, do Legislativo.

Durante a reunião, a comissão presidida pela vereadora Marta Zanella apresentou à comunidade o panorama atual da obra: em um ano e três meses de serviço, 11% da implantação da rede coletora foram concluídos. Isto significa que, dos 83 quilômetros previstos, apenas sete quilômetros de assentamento de tubulação foram executados neste período. “Esta situação causa preocupação”, sintetizou o presidente do Instituto de Planejamento (Iplan), Francisco Severo, que representou o prefeito Cezar Schirmer.

O tempo chuvoso e os imprevistos com relação às condições dos terrenos foram as principais justificativas para os atrasos, apontadas em relatório encaminhado pela direção da Corsan à Comissão Especial da Câmara de Vereadores. Entretanto, o relator da comissão, vereador Manoel Badke, lembra que o prazo para a conclusão das obras era de dois anos. “Houve um comprometimento de entregar a obra em dois anos”, comentou o parlamentar.

O presidente do Iplan, Francisco Severo, questionou o fato de a obra ter iniciado pelo assentamento da tubulação, e sugeriu uma alteração no planejamento para a retomada do serviço. “A boa técnica recomenda que uma rede de esgoto comece a ser executada da parte mais baixa à parte mais alta do terreno. Portanto, como sugestão, penso que, independente de executar os serviços nas bacias, pode-se iniciar uma nova frente executando os emissários e a Estação de Tratamento”, disse o engenheiro e presidente da autarquia.

Outra situação que acendeu o sinal de alerta do Executivo diz respeito à paralisação momentânea da obra. O superintendente regional da Corsan, Julio do Espírito Santo, explica que a parada é estratégica e visa reorganizar o planejamento, os recursos financeiros e o cronograma de execução dos serviços. “Pedimos mais 30 dias para rever os valores e o planejamento para podermos dar sequência à obra”, disse o superintendente.

 

Estação de Tratamento em fase de projeto

O relator da Comissão Especial de Acompanhamento do Saneamento Básico de Camobi, vereador Manoel Badke, lembra que a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) cedeu uma área para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Entretanto, de acordo com o parlamentar, a obra ainda não saiu do papel. “A cedência desta área vai, inclusive, baratear o custo da obra, pois não haverá a necessidade de desapropriar uma área particular”, comentou.

O superintendente da companhia explicou à comunidade que houve a necessidade de fazer uma alteração no projeto inicial da Estação de Tratamento de Esgoto, motivo pelo qual atrasou a licitação. “Em virtude da mudança da área para a universidade, tivemos que alterar o projeto”, esclareceu. Espírito Santo acredita que, após a retomada das obras, a companhia consiga recuperar os atrasos. “Esta é uma obra reivindicada há décadas. Com certeza, após o final das obras, toda a comunidade será beneficiada”, comentou.

 

Paralisação momentânea e qualidade do serviço repercutem entre os moradores

“Na minha rua, onde a Corsan fez a vala, tem lugar que afundou meio metro. Não tem como chegar de carro, só a pé”. As palavras são do morador do Bairro Camobi, Jurandir Fernandes, e refletem a preocupação das lideranças locais com relação à qualidade na reposição da rua após o assentamento da tubulação de esgoto. O líder comunitário do Alto da Colina e Santa Lúcia, Vanderlei Heringer, reforçou a situação. “O calçamento está muito ruim. Esperamos que a Corsan tome providências”, comentou.

Os líderes comunitários ainda denunciaram outra situação preocupante: há moradores que estão fazendo as ligações na rede ainda não concluída e, por consequência, sem uma destinação adequada para o esgoto. Estas ligações, de acordo com os líderes, é motivo de maus cheiros em frente às casas. Isso se dá em virtude de ainda não haver ligação da tubulação entre a rede coletora e a Estação de Tratamento de Esgoto.

O secretário de Infraestrutura, Obras e Serviços, Tubias Calil, recordou um problema similar vivenciado na época em que foi construída a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Bairro Santa Marta, na região Oeste. “Tivemos sérios problemas com a ETE da Santa Marta. Vai chegar um momento em que os moradores não vão mais aguentar o cheiro, pois este esgoto não vai ter para onde ir”, lembrou.

 

Encontro contou com a presença de vereadores e lideranças comunitárias

O encontro ainda contou com a presença do vice-presidente da Comissão Especial da Câmara, vereador Jorge Trindade, dos vereadores Anita Costa Beber, João Carlos Maciel, João Chaves e Marcelo Bisogno, do coordenador regional de Camobi, Vacile Zimmermann, do engenheiro da Corsan, Aldomir Santi, e de lideranças comunitárias. 

 

Texto: Jornalista Luiz Otávio Prates

Fotos: Carlos Nunes

Secretaria de Comunicação e Programação Institucional

 

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