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Secretaria de Município da Saúde

15/12/2017

Prefeitura busca alternativas para evitar a comercialização de produtos sem inspeção sanitária


Grupo discutiu alternativas e maneiras de sensibilizar produtores quanto à necessidade de inspeção sanitária (Foto: Deise Fachin)

Reunião, proposta pelo Poder Executivo, discutiu o assunto com a coordenadora do projeto Esperança/Cooesperança, Irmão Lourdes Dill

 

Com o objetivo de buscar alternativas para a correta produção e comercialização de produtos de origem animal e vegetal em feiras agroindustriais em Santa Maria, a Prefeitura propôs uma reunião, na tarde desta sexta-feira (15), com a coordenadora do projeto Esperança/Cooesperança, Irmã Lourdes Dill. O encontro, realizado na Secretaria de Saúde, reuniu, além da religiosa, a secretária titular da pasta, Liliane Duarte, o secretário de Desenvolvimento Rural, Rodrigo Menna Barreto, o superintendente da Vigilância em Saúde do Município, Alexandre Streb, e a coordenadora do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), Lidiane Viero Machado.

Por iniciativa do Executivo, Irmã Lourdes foi convidada devido ao trabalho amplamente reconhecido junto à produtores rurais e também na coordenação e realização de eventos da Economia Solidária. De acordo com a secretária Liliane Duarte, a intenção é que, a partir de uma construção coletiva, seja viável a produção e comercialização de produtos alimentícios que não ofereçam riscos à saúde da população.

“Nosso convite à Irmã Lourdes se justifica pela sua capacidade de entendimento sobre a relevância deste assunto e sua articulação para dialogar com produtores de Santa Maria e de municípios vizinhos que comercializam seus produtos em feiras realizadas aqui”, explicou Liliane.

O secretário de Desenvolvimento Rural, Rodrigo Menna Barreto, explicou que, uma proposta viável e já apresentada ao Ministério Público, seja oferecer um prazo para que os municípios da Região Central possam se adequar aos sistemas de inspeção e aplica-los aos produtos e insumos agropecuários e de agroindústrias, como abatedouros, frigoríficos e fábricas de subprodutos de origem animal e vegetal.

“O que queremos é que todas as feiras realizadas em Santa Maria recebam o mesmo tratamento. Devemos ter em mente que os produtos de origem animal e vegetal, sem a devida inspeção, são clandestinos. E isso implica em riscos muito grandes para a saúde de quem os consome”, afirmou o secretário.

Na opinião da Irmã Lourdes, existe abertura para que a iniciativa da Prefeitura se estabeleça. No entanto, a coordenadora do projeto Esperança/Cooesperança pediu atenção a dois pontos. O primeiro deles, que a fiscalização sanitária tenha sensibilidade em reconhecer o trabalho social realizado pelas feiras de Economia Solidária, que a cada ano tiram mais pessoas de situações de vulnerabilidade e promovem a geração de emprego e renda.

“O segundo ponto é uma sugestão. Gostaríamos que todo fiscal fosse também um agente educativo, que orientasse os produtores sobre suas responsabilidades e cuidados com seus produtos. Para isso, pedimos também o auxílio das áreas técnicas da Prefeitura para qualificar os produtores rurais”, concluiu.

A coordenadora do Sistema de Inspeção Municipal, Lidiane Viero Machado explicou que ferramentas para este controle existem.

“Uma das possibilidades é que os municípios vizinhos possam se adequar aos sistemas de inspeção. Outra é adequar a produção caseira de alimentos no espaço que o produtor tem para trabalhar, ou ainda, criar uma cooperativa ou uma agroindústria coletiva. Opções existem, é preciso agora que a gente construa juntos. O que não podemos é permitir que produtos de origem animal ou vegetal sejam comercializados sem nenhum tipo de inspeção sanitária”, disse Lidiane.

 

Texto: Ana Bittencourt (Mtb 14.265)
Fotos: Deise Fachin
Superintendência de Comunicação
Prefeitura Municipal de Santa Maria

 

 

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