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08/08/2022 08/08/2022 10h08m

Escola Municipal Pinheiro Machado é uma das instituições homenageadas da Semana da Pátria deste ano


Instituição de quatro décadas se destaca pelas variadas iniciativas voltadas para o desenvolvimento dos estudantes, por meio da valorização da inclusão e do trabalho em equipe 

A Prefeitura de Santa Maria, por meio da comissão organizadora da Semana da Pátria, realiza homenagens para instituições durante os festejos, que começam em 15 de agosto e seguem até o Dia da Independência do Brasil. Uma das homenagens é a Escola Municipal de Ensino Fundamental Pinheiro Machado, localizada no bairro de mesmo nome. Saiba mais sobre os outros homenageados.

Atualmente, a escola atende a 545 alunos, tem 35 professores e cinco funcionários. Os estudantes da educação infantil e ensino fundamental são distribuídos em doze turmas no turno da manhã e outras doze no turno da tarde. Desde 2008, no turno da noite, a escola conta com turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Segundo a diretora da instituição, Lucelia Ferreira, a homenagem significa reconhecimento. 

“A gente se sentiu elogiado por termos sido escolhidos. É um reconhecimento ao trabalho do professor, e não é um trabalho meu, enquanto gestor agora, é um trabalho também de todos os outros que passaram por aqui”, disse a professora.

História

Neste ano, a escola comemora quatro décadas. Contudo, a história precede o ano de 1982. Na verdade, a fundação ocorreu em 1º de dezembro de 1967. Com o nome Escola Municipal de 1º grau, junto ao então Parque Pinheiro Machado, funcionava nas dependências da Capela São Gabriel, na Rua Recife, no mesmo bairro. 

Foi em 9 de maio de 1982, a data que se tornou o aniversário oficial, é que houve a inauguração de um novo prédio, situado na Avenida Brasil, onde se encontra até hoje. No ano seguinte, passou a se chamar Escola Municipal Pinheiro Machado e, em 2000, inseriu o “ensino fundamental” em sua nomenclatura.

Parcerias e projetos

Além de sua extensa história, a escola se destaca pelos vários projetos que oferece aos estudantes, tanto curriculares quanto extracurriculares. Foi uma das primeiras contempladas de Santa Maria pelo Educação Gaúcha Conectada, programa do governo estadual junto ao governo municipal para modernizar as escolas públicas. É por isso que fornece equipamentos eletrônicos e formação para professores. A iniciativa também foi fundamental para a conquista de um laboratório de informática com condições de atender uma turma de alunos, com professor responsável, um de suporte. Com isso, hoje, todas as salas de aula têm acesso à internet. 

Para os anos iniciais, do primeiro ao quinto ano, há o Tempo de Aprender, um programa do governo federal para otimizar a alfabetização em escolas públicas. A intenção é fornecer professores monitores, com formação específica nessa temática, que podem acompanhar individualmente a aprendizagem de cada aluno e disponibilizar materiais. 

A EMEF Pinheiro Machado é uma das escolas municipais participantes do programa Educação Fiscal, que busca esclarecer questões em torno dos tributos e a importância deles para a vivência, inclusive, alunos da escola foram premiados na Olimpíada Educação Fiscal de 2021. A instituição também integra o Programa Forças no Esporte (PROFESP), parceria com o Exército. O padrinho da escola é o 29º Batalhão de Infantaria Blindado. Duas vezes por semana, 50 alunos, de turmas do 6º ao 9º ano, vão ao quartel, de ônibus, acompanhados de um monitor cedido pelo Município e passam a tarde fazendo atividades físicas guiadas por um professor. O projeto também disponibiliza um lanche para os participantes. Durante a pandemia, mantiveram o fornecimento de lanches, entregando para a escola, que então repassava aos alunos. Ainda no âmbito das atividades físicas, a escola fornece aulas de futsal que são ministradas por um voluntário, que é filho de uma ex-professora. Hoje, são duas turmas: uma infantil e uma mirim, que já competem em eventos esportivos.

Música
 
Apesar de ter diversos projetos, um dos principais destaques é a oficina de percussão, que começou com o projeto Mais Educação, do governo federal, quando o colégio participava de eventos e fazia performances que encantavam o público. Com o fim do programa e os materiais e habilidades adquiridos pelos alunos, a Atoque, projeto de Santa Maria e apoiada pela Secretaria de Cultura, passou a ser parceira da escola. 

Desde o final de 2021, o professor Rafael Marques vai até à escola dar aula, uma vez por semana. A turma atualmente tem 15 estudantes. Porém, como as aulas retomaram recentemente, ainda está aberta para mais interessados. As aulas abrangem aspectos culturais, como o histórico dos instrumentos e dos ritmos, noções básicas de teoria da música e prática dos principais instrumentos de percussão. Há planos de realizar apresentações e de integrar os alunos da EMEF aos demais participantes da Atoque.

Mais atividades

Em parceria com o Instituto Federal Farroupilha (IFFAR) e a Secretaria Municipal de Educação (SMED), a escola oferece o curso Educação de Jovens e Adultos (EJA) Profissionalizante. A modalidade oferecida é de Operador de Computador. O curso é feito em dois anos.

Há também parcerias com instituições privadas. Neste ano, o Instituto São Lucas escolheu a escola para investir, custeando professores para ministrar duas atividades extracurriculares: xadrez e basquete. Ao todo, quarenta alunos estudam xadrez, nos períodos da manhã e da tarde. O objetivo, além de oportunizar essa atividade para crianças da região Oeste do Município, é descobrir novos talentos. Segundo a diretora Lucelia Ferreira, é por esta razão que o foco são os pequenos, e não os alunos dos anos finais, ou seja, desenvolver desde o início as habilidades de lógica e concentração. 

Cerca de 25 meninos treinam basquete. Já há planejamento de incluir as meninas nos treinos ainda este ano. A equipe já compete em eventos esportivos da cidade. Além de tudo isso, duas estagiárias do curso de Psicologia da Universidade Franciscana (UFN) fazem atendimentos para estudantes na escola.

Inclusão

Em 2008, uma educadora especial foi designada para trabalhar na escola, tendo como propósito orientar a implantação do atendimento educacional especializado, de acordo com a proposta de educação inclusiva do Ministério da Educação. Desde então, investe na inclusão e acessibilidade e hoje atende em torno de vinte e cinco alunos com deficiências físicas ou mentais ou neurodivergentes, como autistas. Para esse atendimento, há educadoras especiais, também do Município, que ajudam a atender essas crianças da forma apropriada. Para isso, a escola conta com oito monitores.

Infraestrutura física e pedagógica

Segundo a direção, uma das maiores limitações atuais é a falta de espaço físico, uma vez que sempre há pais procurando por vagas. Há uma busca constante por melhorias da estrutura da escola, tanto pela demanda de novas vagas quanto pela necessidade de local que os projetos suscitam. Um exemplo é a sala onde as aulas de xadrez são realizadas. O espaço é multifuncional, servindo para os alunos assistirem a vídeos e para realizarem trabalhos pedagógicos.

Mesmo com a necessidade de reajustes e melhorias, a escola evoluiu muito desde a inauguração há 40 anos. Um dos exemplos é o ginásio, construído em 2011. Durante a pandemia foi pintado e teve as redes substituídas por novas. Uma reforma atual é a da biblioteca, pois a configuração da sala não é funcional, e a intenção é abrir espaço para que o aluno possa usar o computador da escola em turno inverso, além de outras atividades pedagógicas.

Em geral, as melhorias físicas refletem na questão pedagógica. Já existe um grande apreço pelo quadro de professores, que é visto como muito competente pela comunidade escolar, com professores que são mestres e doutores. Ainda assim, tem como melhorar, como foi com a chegada de novos equipamentos e computadores.

A forma de trabalho é boa, segundo a diretora, não só pelo trabalho interno individual, mas pela integração com estudantes e comunidades. 

“Há a questão do trabalho em equipe e isso realmente existe na escola. A comunidade também é bem participativa. A maioria dos pais é muito presente. A comunidade é muito boa de trabalhar e nossos alunos são muito comprometidos”, afirma Lucelia.

Preparações para o desfile de 7 de Setembro

A ideia da equipe que está organizando o desfile é contar uma história na avenida Medianeira. A proposta é que toda a escola participe, inclusive ex-professores, ex-alunos e representantes de parceiros da escola, como o Instituto Federal Farroupilha (IFFAR). Haverá também uma homenagem à professora Maria Medianeira, que é professora da escola desde 1987. Assim como a escola se orgulha da professora, ela se orgulha da escola. 

“Todas as diretoras e diretores que passaram, cada um deu um pouquinho de si. Nós trabalhamos muito, e junto com a boa ajuda da comunidade. A escola Pinheiro Machado é uma família. É uma questão que até emociona. A gente se dedica muito. Todos nós, os professores que passam por aqui e muitos que precisaram sair por algum motivo, saem sempre com uma imagem boa da escola”, afirma a professora Maria Medianeira sobre a excelência da EMEF Pinheiro Machado.

Texto: Ana Laura Iwai (estagiária do curso de Jornalismo da UFSM)
Fotos: João Alves (Mtb: 17.922) 
Secretaria Extraordinária de Comunicação
Prefeitura de Santa Maria

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