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09/04/2018 09/04/2018 18h17m

Prefeitura e Estado trabalham para identificar síndrome febril registrada na cidade


Reunião técnica foi convocada para fazer um diagnóstico do perfil epidemiológico dos casos (Foto: Deise Fachin)

Integrantes do Lacen virão a Santa Maria para auxiliar no diagnóstico

 

A Prefeitura de Santa Maria e a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS) promoveram, na tarde desta segunda-feira (09), uma reunião técnica em função do aumento no número de casos de pessoas que procuraram atendimento médico na Rede de Saúde nas últimas semanas. Com sintomas semelhantes, usuários apresentaram febre, dor muscular e nas articulações e dor de cabeça.

Conforme a responsável técnica do Pronto Atendimento adulto do Patronato, a infectologista Paula Martinez, os casos são tratados como uma “síndrome febril”, já que os pacientes são diagnosticados com uma série de sintomas, entre os quais, a febre. Conforme a médica, o que se tem documentado até o momento é relacionado aos atendimentos privados, que não indicam, por exemplo, síndromes febris de origem viral conhecida, como Dengue, Zika Vírus e Febre Chikungunya. Além disso, nenhum dos pacientes apresentou sintomas respiratórios, o que descarta a possibilidade de surto de Influenza.

A principal hipótese, em função do comportamento dos pacientes e das alterações laboratoriais detectadas, é que se trate de um vírus. Como ainda não existe a definição exata do agente que tem causado a doença, a Prefeitura e a 4ª CRS solicitaram o auxílio diagnóstico do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), de Porto Alegre. Integrantes virão a Santa Maria na quarta-feira (11), para ajudar no diagnóstico.

Devem ser feitos trabalhos de análise técnica, para que seja identifica a origem do problema. Análise da água, controle sanitário e de parasitas ambientais, por exemplo, são alguns dos trabalhos a serem realizados. Ainda, será feita uma busca ativa com os pacientes que apresentaram os quadros mais graves, como a internação, para estudar o comportamento e ser feito o controle do surto, se necessário.

“A comunidade não precisa entrar em pânico. Todos aqueles que apresentaram os sintomas se recuperaram com o passar dos dias. Agora, estamos buscando as causas”, enfatizou a infectologista.

CUIDADOS E TRATAMENTO

Conforme Paula, como não foi identificado o agente causador, não há um tratamento específico. A indicação é que os pacientes que apresentem alguns dos sintomas, procurem atendimento médico.

Outros cuidados importantes para evitar a transmissão são a higiene das mãos, o uso de álcool em gel e evitar lugares fechados e aglomerados, por exemplo.

“Estamos nos prevenindo e buscando conhecer os casos para termos um diagnóstico. Não há motivo para preocupação, mas estamos, como entidades ligadas à Saúde, analisando tecnicamente para buscar respostas”, explicou a secretária de Saúde do Município, Liliane Mello Duarte.

 

Texto: Mariana Fontana (Mtb 17.770)
Foto: Deise Fachin
Superintendência de Comunicação
Prefeitura Municipal de Santa Maria

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