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23/03/2023

Prefeitura de Santa Maria intensifica trabalho de combate e prevenção à dengue no Município


Equipe da Vigilância em Saúde realizou orientações e solicitou autorização de moradores para pulverizar residências em três bairros nesta quinta-feira (23)

A Prefeitura de Santa Maria, por meio da Secretaria de Saúde, através da Vigilância em Saúde, está em constante alerta e trabalha no combate e prevenção à dengue no Município. Até esta quinta-feira (23), em Santa Maria, já haviam sido confirmados 28 casos positivos da doença viral - o Boletim Epidemiológico da dengue (confira link bem abaixo), publicado no site da Prefeitura, será atualizado nesta sexta-feira (24), como ocorre semanalmente, pois há dados que ainda estão sendo compilados. Ainda nesta quinta, uma equipe da Vigilância em Saúde realizou orientações e solicitou a autorização de moradores para pulverizar residências nos bairros Juscelino Kubitschek, Boi Morto e Itararé. 

Diante do número de casos já existentes em Santa Maria, o superintendente de Vigilância em Saúde, Alexandre Streb, reforça que as equipes estão intensificando as vistorias nos bairros onde há incidência de casos suspeitos ou confirmados informados. As vistorias têm o objetivo de identificar possíveis focos de Aedes aegypti (o mosquito transmissor da dengue), orientar sobre formas de prevenção, eliminar água parada (remoção mecânica) e fazer tratamento químico em focos com larva ou mosquito (larvicida, pulverizações).

O superintendente considera que a eliminação da água parada e a limpeza geral dos locais, além de serem os métodos mais eficientes, podem e devem ser feitas pelos próprios proprietários dos imóveis. Há de se considerar, também, sobre os produtos utilizados para a pulverização, que, segundo informações da Vigilância em Saúde Estadual, responsável pelo fornecimento do produto ao Município, está sendo racionado, o que preocupa e assinala mais ainda a necessidade de a população fazer a sua parte.

“A Vigilância em Saúde trabalha o ano inteiro com vistorias, trabalho educativo e com tratamentos contra o vetor. Este já é o quarto surto de dengue no Município (considera-se surto mais de dois casos com relação entre si), o que nos proporciona certa experiência no enfrentamento. Porém, percebemos que, neste ano, o número de notificações e de casos suspeitos e confirmados já supera o de outros anos, tendo por base o mesmo período. Tem havido chuvas esparsas e muito calor, condição favorável à proliferação do vetor. Não há motivo para pânico, ainda temos um relativo controle, mas, sem a população nos ajudar, poderemos ter uma situação mais grave”, alerta Streb.

Pulverização

Para combater a proliferação da dengue, principalmente nos bairros onde há casos de pessoas com o vírus, a Secretaria de Saúde prevê uma ação de pulverização nesta sexta-feira (24) se a condição climática permitir. A pulverização tem por objetivo eliminar focos de criadouros do mosquito.

Alexandre Streb explica que as pulverizações são de dois tipos. A que é chamada de costal é realizada pelos agentes de saúde pública da Vigilância em Saúde, adentrando nos pátios e aplicando o produto sobre os locais de infestação do mosquito. Esta deve suceder às remoções mecânicas de água parada e às limpezas gerais dos locais. O outro tipo de pulverização é a "pesada", realizada pela Vigilância em Saúde Estadual, através de um veículo (caminhonete) e mediante um equipamento que pulveriza os pátios sem adentrá-los, lançando o produto da rua para dentro dos mesmos. Esses dois tipos têm alguns riscos à saúde e ao ambiente, sendo que só são aplicados mediante critérios pré-estabelecidos pela avaliação técnica e por legislações específicas. A eficiência da pulverização é sempre inferior ao método de eliminação mecânica da água parada, mas é uma alternativa complementar e necessária.

Sobre a dengue

A dengue é uma arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil. É uma doença febril que tem se mostrado de grande importância em saúde pública nos últimos anos. O vírus da dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, para a maior disseminação da doença. É importante evitar água parada, todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém, as pessoas mais idosas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

Os principais sintomas da dengue são:

- Febre alta, superior a 38°C;
- Dor no corpo e articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal-estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo

No entanto, a infecção por dengue pode se apresentar dessas formas: assintomática (sem sintomas); quadro leve; ou com sinais de alarme e de gravidade. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (acima de 38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.

Também podem acontecer erupções e coceira na pele. Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizar o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. 

Fonte: Ministério da Saúde

O que fazer se apresentar os sintomas?

Caso uma pessoa apresente algum dos sintomas citados, deve procurar imediatamente uma unidade de saúde mais próxima

“As Unidades de Saúde da Rede Municipal estão qualificadas para atender e orientar os pacientes, assim como encaminhá-los para a consulta específica e para a coleta de material para análise, que é enviada ao Laboratório Central do Estado (Lacen). Estamos organizando uma reunião técnica da Saúde, com o Comitê Municipal de Enfrentamento à Dengue, para discutir mais sobre o assunto, definir outras estratégias para o combate à dengue, além da necessidade de centralizar as notificações dos casos”, comenta o secretário de Saúde, Guilherme Ribas. 

Como eliminar os focos do Aedes Aegypti (mosquito transmissor da dengue):

– Mantenha a caixa d’água sempre fechada;
– Encha de areia, até a borda, os potes e os vasos de plantas;
– Não deixe a água da chuva acumular em recipientes;
– Mantenha tampados tonéis e barris de água;
– Guarde garrafas de cabeça para baixo;
– Recolha seus resíduos;
– Use repelente;
– Utilize inseticida em locais escuros (perto do chão e proximidades de piscina);
– Atenção às piscinas, especialmente as de plástico;

Acesse aqui o boletim epidemiológico da dengue. 

Texto: Diniana Rubin (Mtb: 10.459)
Arte: Gibran Carrazzoni/Prefeitura
Secretaria de Comunicação
Prefeitura Municipal de Santa Maria

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