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Secretaria de Município da Educação

29/04/2019

Leitura Inclusiva para pessoas com deficiência visual ocorre na Feira do Livro de Santa Maria


A atividade foi a primeira de uma série de leituras inclusivas que acontecerão no decorrer da programação da Feira do Livro

 

Toda pessoa tem direito a leitura. Pensando nisso, a 46ª Feira do Livro de Santa Maria contou, na tarde desta segunda-feira (29), com a Leitura Inclusiva para Pessoas com Deficiência Visual. O projeto acontece há três anos na feira e reuniu crianças da Rede Pública de Ensino e o público em geral para tratar sobre leitura e acessibilidade.

A atividade faz parte de uma proposta da Secretaria de Municipal de Educação (SMED), que vem sendo realizada ao longo dos anos e busca mostrar que toda e qualquer pessoa tem direito a leitura. Nesta segunda-feira, o tema foi acessibilidade para deficientes visuais, mas, nos outros dias de Feira do Livro, novos temas serão tratados na leitura. Confira a programação completa no site da Feira do Livro.

No início da atividade, os professores Daverlan  Dalla Lana, da Escola Municipal Sergio Lopes, e Arlete Vanessa Costa da Rosa, da Escola Municipal Edy Maya Bertóia, ambos deficientes visuais, fizeram uma leitura lúdica de livros infantis. Enquanto a professora fazia a leitura dos livros em Braille, o professor, com o auxílio de uma criança voluntária, encenava a história e interagia com o público. Além disso, também houve atividades para trabalhar a orientação e a mobilidade das crianças com deficiência visual e uma exposição de materiais, como livros, máquina de Braille, reglete (material utilizado para a leitura em Braille), entre outros.

De acordo com Alana Claudia Mohr, coordenadora pedagógica na SMED, na área de Educação Especial, esse tipo de atividade é especialmente importante para que os professores das escolas consigam ver as potencialidades desses alunos com deficiência visual e possam ajudá-los da melhor forma possível.  

Além da SMED, o evento também foi promovido pela Associação de Cegos e Deficientes Visuais de Santa Maria (ACVD), pelo Projeto Cegueira e Baixa Visão UFSM e pelo Núcleo de Acessibilidade UFSM.

O aluno da Escola Municipal Pão dos Pobres, Guilherme Kolinski Baccin (12), é deficiente visual e acredita que o projeto é importante por ensinar como funciona a leitura em Braille para pessoas que não a conhecem. Também, gosta muito de ler, e eventos como esse fazem com que ele queira se envolver ainda mais com a leitura.

“Eu acho esses eventos interessantes porque servem para incentivar a leitura no Braille pra quem não conhece”, conta Guilherme.

Além da escola do Guilherme, a Pão dos Pobres, as escolas municipais Adelmo Genro Filho e Maria de Lourdes também levaram seus alunos para a leitura.

Se depender do professor Daverlan, eventos como esse continuarão sempre a acontecer. Segundo ele, essas tardes de leitura também ocorrem em outros momentos além da Feira do Livro, e sempre buscam mostrar para as pessoas a importância da acessibilidade na leitura para deficientes visuais.

“Antes mesmo de eu vir para cá, eu estava numa livraria que não tinha livros em Braille. Então, leituras como essa servem para as pessoas verem que os deficientes visuais também leem, que o deficiente visual precisa desse material adaptado e que tem as mesmas necessidades que uma pessoa que enxerga”, relata o professor.

 

Texto: Acadêmica de Jornalismo Elisa Dessbesell de Campos
Edição:Thaise Moreira (Mtb: 9.818)
Fotos: João Alves
Superintendência de Comunicação
Prefeitura Municipal de Santa Maria

 

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