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Secretaria de Município da Educação

10/05/2017 10/05/2017 18h17m

Secretaria de Município da Educação promove atividade inclusiva durante a Feira do Livro


Alunos da Escola Dr. Reginaldo Coser interagiram com a plateia (Foto: João Alves)

Estórias infantis apresentadas em versões adaptadas, em Libras, chamou atenção de quem passava pela Praça Saldanha Marinho

 

Uma iniciativa inédita promovida pela Secretaria de Município da Educação, em parceria com a 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), levou para a Feira do Livro uma atividade silenciosa, porém fundamental para a inclusão social e o desenvolvimento de crianças surdas. A primeira edição da Contação de Histórias em Língua Brasileira de Sinais (Libras), realizada nesta quarta-feira (10), na Praça Saldanha Marinho, foi idealizada para diminuir a distância que separa o som do silêncio.

“Essa atividade quer mostrar que a Língua de Sinais não se trata de uma linguagem, mas uma cultura própria, um idioma formado por palavras e expressões, além de possuir a mesmas propriedades características de qualquer outro idioma. Além disso, buscamos mostrar que a leitura está disponível para todos os públicos”, explica a educadora especial e professora da Rede Municipal de Ensino, Patricia Fantinel.  

Para a primeira sessão da atividade foram convidados cerca de 30 alunos da Escola Estadual de Educação Especial Dr. Reinaldo Coser, localizada na Vila Tomazetti. Aluno do Ensino Médio, Kauan Galvão, de 17 anos, foi o primeiro a se apresentar no palco do Espaço Criança. Utilizando Libras, o estudante trouxe para a plateia uma versão adaptada de “Chapeuzinho Vermelho”.  Olhos atentos acompanharam o desenvolvimento da estória infantil. Ao final, braços levantados e mãos agitadas expressavam uma salva de palmas silenciosa, mas entusiasmada.

A iniciativa teve apoio da Fundação Dorina Nowill. Uma nova edição será realizada nesta quinta-feira (11), às 15, no Espaço Criança, promovida pelo projeto Mãos Livres, da UFSM.

 

APRENDER A SE COMUNICAR É FUNDAMENTAL
O professor e diretor da Escola Dr. Reinaldo Coser, Jeferson Miranda, 55 anos e surdo de nascimento, trabalha com Educação Inclusiva há 20 anos. Formado em Educação Física e em Letras-Libras, Miranda conta que no início da vida profissional em sala de aula, utilizava o quadro para se comunicar com os alunos. Aos poucos, foi introduzindo a Língua Brasileira de Sinais no cotidiano dos alunos.

Com o auxílio de Luciana Ruiz, educadora especial e intérprete de Libras, o professor explicou que o aprendizado de Libras não é importante só pra surdos e familiares, mas fundamental também para qualquer pessoa que viva em sociedade.

“Conhecer a língua de sinais é muito importante para quem trabalha no comércio, na prestação de serviços, em hospitais, fábricas... É um gesto de gentileza”, manifestou.

 

SAIBA MAIS
A Língua Brasileira de Sinais é regulamentada pelo Decreto 5626/2005. O documento determina que a Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício de magistério, em nível médio e superior, além dos cursos de Fonoaudiologia, nas instituições de ensino, públicas e privadas.

Em Santa Maria, pessoas interessadas em aprender a Libras podem entrar em contato com a Escola Estadual de Educação Especial Dr. Reinaldo Coser. Além das turmas regulares (Educação Infantil, Ensino Fundamental, EJA – Anos Iniciais e Finais, Ensino Médio e Curso Normal), a instituição também promove cursos de Libras abertos para a comunidade. Mais informações pelo telefone (55) 3211 4774.

 

Texto: Ana Bittencourt (Mtb 14.265)
Fotos: João Alves (Mtb 17.922)
Superintendência de Comunicação
Prefeitura Municipal de Santa Maria

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