Secretaria de Município da Saúde

19/01/2018 19/01/2018 17h53m

Após definir gestor do Hospital Regional, Estado anuncia atendimento 100% SUS


Prefeitura tem investido na infraestrutura do entorno do hospital e está comprometida em auxiliar na abertura do local

 

O rumo do Hospital Regional de Santa Maria ganhou mais uma importante definição nesta sexta-feira (19). Depois de definir que a Fundação Universitária de Cardiologia será a entidade encarregada de fazer a gestão do complexo hospitalar, o Governo do Estado anunciou que o local, que será referência para a alta complexidade, terá atendimentos 100% via Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio do modelo de atendimento no Regional foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, João Gabbardo dos Reis, em uma coletiva realizada junto ao prefeito em exercício Sergio Cechin; à secretária de Saúde de Santa Maria, Liliane Mello Duarte; e ao delegado regional da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, Roberto Schorn.

Na oportunidade, Gabbardo explicou o histórico de negociações para definir a gestão do hospital, que contou com tratativas junto a oito instituições (Unifra, Hospital Sírio Libanês, Hospital Moinhos de Vento, Hospital Mãe de Deus, Santa Casa de Porto Alegre, Hospital da PUC, Ebserh e, por último, a Fundação Universitária de Cardiologia). O secretário destacou que a definição só ocorreu após a autorização da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para que o Estado pudesse repassar o hospital, que é um patrimônio público, para a gestão de uma instituição filantrópica.

Ao anunciar os atendimentos exclusivamente pelo SUS, Gabbardo ressaltou que essa foi a definição desde o início das tratativas junto ao Instituto de Cardiologia e que os outros modelos antes apresentados (de uma porcentagem de atendimento voltada aos convênios) estavam descartados.

“Com o Instituto de Cardiologia não haverá atendimento por convênio, os atendimentos serão 100% pelo Sistema Único de Saúde. Isso não significa abrir mão de atender professores, policiais ou quem tem IPE, por exemplo. Queremos também atender essas pessoas, pois vamos ter um hospital que será referência para o Estado naquilo que ele vai oferecer, e não podemos deixar essas pessoas fora do atendimento do Regional. O que acontece é que eles não precisarão se identificar, não precisarão de carteira do SUS para serem atendidos. Eles serão atendidos como qualquer cidadão que more em Santa Maria, na região ou que venha de outros locais”, enfatizou Gabbardo.

O secretário de Saúde informou que, a partir de agora, o Estado dará encaminhamento para formalizar o contrato e o convênio com a Fundação Universitária de Cardiologia, para agilizar a liberação de recursos e equipamentos. A expectativa é que dentro de 30 a 40 dias, os documentos já estejam assinados.

Ainda na coletiva, o representante do Governo do Estado informou que enquanto é dada continuidade à formalização dos contratos, também será iniciado o trabalho de formulação de editais para o processo seletivo dos funcionários. A expectativa é que o Regional gere em torno de mil empregos, no entanto, no momento, devem ser chamados de 200 a 300 funcionários, que atuarão no ambulatório do hospital, que será o primeiro setor a funcionar. O ambulatório focará no atendimento de hipertensos e diabéticos, e contará com equipe multiprofissional e diferentes especialidades, como neurologia, cirurgia buco-maxilo, endocrinologia, ortopedia, entre outros (veja abaixo).

AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS E CORREÇÕES NA ESTRUTURA

Na oportunidade, o secretário de Estado da Saúde, João Gabbardo dos Reis informou que a aquisição de equipamentos para o Hospital Regional deve ter um custo que varia entre R$ 50 e R$ 60 milhões, que serão pleiteados, também, junto ao Ministério da Saúde. A aquisição será contratada pelo Instituto de Cardiologia, e poderá ser feita por meio de locações, leasing ou, ainda, de outras formas. Ainda, Gabbardo informou que a gestão do Hospital Regional será compartilhada, ou seja, que haverá representante do Estado designado para atuar na gestão do complexo.

Durante a coletiva, também foi abordada a necessidade de manutenções e correções na estrutura do hospital. Nesse sentido, o prefeito em exercício Sergio Cechin informou que a Prefeitura de Santa Maria arcará com esse custo, que gira em torno de R$ 26 mil.

“O Município já vem contribuindo com a infraestrutura no entorno do Regional, com pavimentação de ruas, esgoto pluvial e cloacal, iluminação. Nos comprometemos também com as despesas decorrentes dessa manutenção que é necessária. Vamos ajudar, pois esse é um compromisso do prefeito Jorge Pozzobom com essa obra que é tão importante para a nossa cidade. Temos mais de 300 mil usuários cadastrados no SUS em Santa Maria, a quem o Regional irá beneficiar”, destacou Cechin.

“Esse é mais um passo importante na melhoria e na qualificação da saúde para Santa Maria e para o Estado”, complementou a secretária Liliane.

ATENDIMENTO REFERENCIADO

Na coletiva de imprensa, Gabbardo também destacou que a Fundação Universitária de Cardiologia, que tem sede em Porto Alegre, é uma instituição filantrópica, ou seja, que não pode lucrar com os atendimentos e que, havendo resultado financeiro, ele deve ser reaplicado no próprio hospital.

O secretário também esclareceu que os atendimentos no Hospital Regional de Santa Maria serão referenciados, ou seja, não haverá procura direta dos pacientes no complexo hospitalar, sendo necessário o encaminhamento por Unidades Básicas de Saúde ou outro serviço de saúde municipal. Ainda, Gabbardo informou que o hospital não atenderá urgências, nem realizará partos, que é um serviço de baixa complexidade.

 

Especialidades previstas no Ambulatório:

Cirurgia buco-maxilo

Cardiologia

Cirurgia geral

Cirurgia pediátrica

Cirurgia plástica

Cirurgia vascular

Endocrinologia

Fisiatria

Nefrologia/urologia

Neurocirurgia

Oftalmologia

Otorrinolaringologia  

Pneumologia

Reumatologia

Traumatologia

 

Texto: Mariana Fontana (Mtb 17.770)
Fotos: Deise Fachin
Superintendência de Comunicação
Prefeitura Municipal de Santa Maria

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