Notícias
19/10/2017 19/10/2017 18h12m
1,2 mil famílias são atendidas em Santa Maria em função do vendaval que atingiu o Município
Aproximadamente 26 mil metros quadrados de lona já foram distribuídos na cidade
Por diferentes bairros de Santa Maria, o que se vê são árvores, fios e telhas pelo chão, além de casas destelhadas. O vendaval que atingiu o Município na madrugada desta quinta-feira (19) deixou um rastro de destruição. Até as 17h desta quinta, 1,2 mil famílias – que tiveram prejuízos em função do vento – foram atendidas pelos órgãos municipais.
“Nossa cidade sofre, mais uma vez, com os temporais. Mas estamos trabalhando de maneira conjunta, com muita coragem e responsabilidade, para atender da melhor maneira a nossa população”, enfatizou o prefeito Jorge Pozzobom.
Conforme relatório oficial divulgado no final desta tarde, aproximadamente 26 mil metros quadrados de lona foram distribuídas na cidade. Todos os bairros do Município registraram algum tipo de ocorrência em função dos ventos, sendo que a Região Oeste de Santa Maria foi uma das mais atingidas. Foi registrado um total de 258 ocorrências, entre corte de árvores, desobstrução de vias, entre outros.
Ao todo, 27 equipes (com membros da Guarda Municipal, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Bombeiros Civil, Cruz Vermelha de Santa Maria e Prefeitura – secretarias de Mobilidade Urbana, Infraestrutura e Serviços Púbicos, Meio Ambiente e o Gabinete do vice-prefeito) percorreram diferentes regiões da cidade para realizar o atendimento. Os profissionais foram às ruas para distribuir lonas, cortar e remover árvores, isolar áreas de risco, entre outras ações.
No Beco da Tela, no Bairro João Goulart, os moradores fizeram fila para garantir uma quantidade de lona que fosse suficiente para proteger os telhados das residências. A doméstica Marta Regina Santos do Nascimento, 50 anos, precisou do material para cobrir a casa, que ficou parcialmente destelhada. Segundo ela, durante o vendaval, telhas de amianto se soltaram da casa e algumas atingiram seu braço, provocando um ferimento leve.
"Acordei com o barulho do vento e foi horrível, um susto muito grande. Parecia que a casa sairia do lugar. Na hora, deu vontade de chorar", contou Marta.
O filho de Marta, o estudante Igor Santos Escobar, 18 anos, mora em uma casa no mesmo pátio que a mãe. O jovem estava sozinho em casa e também precisou de lonas para evitar novos transtornos na residência. "A gente já se acostumou com esses temporais, mas é sempre muito triste", contou o jovem.
ESCOLAS E POSTOS DE SAÚDE ATINGIDOS
Além das residências particulares, alguns prédios públicos também sofreram com a ventania. Do total de 78 escolas municipais, 53 suspenderam as aulas em função da falta de luz ou de danos causados pelo temporal. Aproximadamente 13,6 mil alunos ficaram sem aula durante a quinta-feira. A expectativa é que a maioria das instituições retorne as aulas nesta sexta-feira (20), desde que seja restabelecida a energia elétrica nas comunidades.
A Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Angela Tomazetti, na Região Sul, foi uma das instituições atingidas. De acordo com a diretora da instituição, Sylvia Moro, parte do telhado foi danificada. A escola recebeu lonas da Prefeitura e, na tarde desta quinta feira, os funcionários trabalhavam no levantamento dos estragos. A escola não terá aulas nesta sexta-feira, assim como a Escola João Hundertmark, a EMEI Sinos de Belém e a EMEI Casa da Criança, que também tiveram problemas nos telhados em função do vento.
"Tivemos áreas da escola em que entrou água por conta do telhado que foi arrancado com o vento. Nós retiramos livros e brinquedos e levamos para salas que não foram atingidas. Suspendemos as aulas hoje, pois nos preocupamos com a segurança dos alunos", contou a diretora.
Frente à situação enfrentada pelas comunidades escolares, a Secretaria de Educação do Município pede que os profissionais da área trabalhem de maneira conjunta, em uma corrente de solidariedade que possa auxiliar as famílias atingidas pelo temporal.
“Solicitamos que as escolas que tenham condições de atendimento os estudantes, façam isso de forma flexível, acolhendo a todos sem prejuízo aos processos pedagógicos. Que possamos fazer uma rede de ajuda mútua para a reorganização dos espaços escolares e das comunidades do entorno das escolas”, pediu a secretária de Educação, Lúcia Madruga.
As Unidades de Saúde de Santa Maria também registraram transtornos, especialmente em função da falta de luz. Até o fim da tarde desta quinta-feira, algumas ainda não contavam com energia elétrica (veja a relação abaixo).
UNIDADES DE SAÚDE SEM ENERGIA ELÉTRICA (e sem funcionamento)
Arroio Grande
Boca do Monte
Santo Antão
Floriano Rocha
Roberto Binato
Vila Lídia
Centro Social Urbano
Policlínica do Rosário
Itararé
Waldir Mozzaquatro
São José
Maringá
Centro de Especialidades Odontológicas
Vigilância Sanitária
Farmácia Popular
CAPS Caminhos do Sol
Saúde Mental
CAPS Cia do Recomeço
UNIDADES DE SAÚDE FUNCIONANDO
Rubem Noal
Parque Pinheiro
Victor Hoffmann
São João
Alto da Boa Vista
Bela União
Kennedy
Joy Bets
Passo das Tropas
Oneide de Carvalho
Vila Santos
Urlândia
CAPS Prado Veppo
Dom Antônio Reis
Sede da SMS
São Francisco
Walter Aita
Wilson Paulo Noal
Pains
Arroio do Só (porém a internet está oscilando)
Texto: Mariana Fontana (Mtb 17.770)
Fotos: João Alves (Mtb 17.922)
Superintendência de Comunicação
Prefeitura Municipal de Santa Maria